Fala cidadão.
Vamos começar do começo..
Por acaso souberam da notícia: “Câmara Municipal proíbe entrada com bermudas e chinelos”? Ai você pode pensar que é normal, claro, afinal é comum e normal adentrar a esse tipo de lugar, com compromisso com a sociedade, de social, engravatado, não é verdade? Nãããão.. PARA!
Primeiro de tudo: é a casa do povo, logo o acesso é livre; honestidade se tem estando ou não de social. Entendido? Pode ser que ainda não, acredito. É algo muito contraditório, porque ao mesmo tempo em que se abre, se limita.
Pra quem está acostumado a entrar neste tipo de ambiente, mais especificamente na Câmara Municipal de São Paulo (Bela Vista), como eu, está careca de saber e ver que ali é, ou pelo menos era, um espaço em que todos tinham liberdade de entrar e sair conforme sua vontade. Ali acontecem diversas reuniões e nem sempre com a coordenação de um político, mas de vááários representantes da sociedade civil com o objetivo de acompanhar e pleitear por melhoras nas políticas públicas. OI, políticas públicas? SIM, p-o-l-í-t-i-c-a-s-p-ú-b-l-i-c-a-s (ações municipais, estaduais e federais a determinados setores, exemplo, saúde, educação, etc)
Essas reuniões são frequentadas por todos os tipos de gente, de diferentes lugares, opiniões, posições políticas, e principalmente de vestimentas sociais, esportivas, com bermudas, de chinelos, do jeito como quiserem (queriam), como podem (podiam). Os encontros são livres, ali se diz o que quer, se propõe o que elege o melhor para a população, sem interesse particular.. Ali sim é a casa do povo, é o espaço da libertação. Muitas dessas reuniões são frequentadas pelo movimento da população de rua (os conhecidos mendigos, moradores de rua, que tecnicamente se diz pessoa em situação de rua), e impor determinados critérios, como esse, é tapar uma situação que a própria câmara deveria encarar tetê-à-tête. Além disso, o “cafezinho” foi suspenso também, e muito dos participantes, incluindo os “excluídos da rua”, iam até a copa. Quer dizer, acabou a “mamata” para os mal vestidos, os mal encarados. E quem melhor para nos representar na câmara? Será o próprio engravatado que mal tem convívio direto e na pele com as problemáticas da sociedade ou o cara que vive e sente na pele a má administração política? DIGAM!
LM